Durante uma conferência sobre a situação dos cristãos em Israel, Dom Fouad Twal, o Patriarca de Jerusalém, pediu que os crentes do Ocidente tenham mais comunhão coms os cristãos que moram em Israel e na Palestina, pois eles continuam sofrendo em uma cenário político de conflito e desconfiança.
Nesta reunião que aconteceu em Londres, ele disse que está se tornando cada vez mais difícil para os israelenses e palestinos vislumbrarem um futuro de coexistência, ao mesmo tempo, torna-se mais fácil “demonizar o outro”.“Uma geração inteira de israelenses e palestinos cresceu testemunhando e sendo vítima de violência, ocupação, separação e do ódio. Tem havido menos oportunidades para interagir”, disse o representante do Vaticano.
Twal deixou claro que há uma necessidade urgente de resolver esse conflito, mas quanto mais as forças extremistas ganham novos seguidores, mais as possibilidades de uma solução justa diminuem.
Ele explica que a comunhão entre os cristãos do ocidente com esses povos poderá dar entendimento sobre a situação e ajudarão os cristãos de Israel a suportarem esses conflitos. “Compartilhar as alegrias e sofrimentos, suportar os seus encargos, refletir e considerar a sua responsabilidade para com essa parte da igreja”, disse ele.
O patriarca também pediu aos cristãos para apoiar as instituições cristãs em Jerusalém que estão oferecendo oportunidades de emprego e serviços de saúde e educação não só aos cristãos, mas também para a população não-cristã.
Turistas precisam participar
Dom Fouad Twal alfinetou os turistas ocidentais que visitam Jerusalém mas não se envolvem nas questões geopolíticas. “A presença cristã é ameaçada, e a terra que Jesus viveu não pode se tornar um equivalente de uma Disneylândia espiritual, de belos edifícios, locais históricos e museus em exposição”.Ele esclarece que na região todas as pessoas sofrem as consequências dessas rivalidades. “Todas as pessoas – judeus, cristãos e muçulmanos – sofrem as consequências do conflito. A ocupação é uma imagem terrível para qualquer Estado democrático, como é horrível para as pessoas das áreas ocupadas, onde o ódio e a aversão são encorajadas e alimentadas.”
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