Na Universidade Perdue, estado americano de Indiana, existe uma campanha para levantamento de fundos chamada “Envie um ateu à Igreja”. Ela é co-patrocinada pela Organização dos Alunos Episcopais e pela Sociedade de não-teístas (SNT). A ideia é simples: os cristãos fazem doações a uma instituição que distribui comida aos necessitados. Em troca, os ateus da SNT se dispõe e participar do culto em alguma igreja.
Segundo Jennifer McCreight, presidente e co-fundadora da SNT, o dinheiro arrecadado vai para a caridade, permitindo que haja uma “parceria” que beneficia pessoas necessitadas. Não há um valor mínimo para doação, mas quanto mais dinheiro for doado em nome de uma igreja específica, mais visitas de ateus aquela igreja recebe, explicou McCreight em seu blog.
Este é o segundo ano que a “parceria” acontece. No ano passado, essa campanha de caridade levantou cerca de US$400 e os episcopais superaram os batistas no número de doações. Este ano, os episcopais se uniram aos ateus em um esforço para levantar ainda mais dinheiro.
Apesar das diferenças em suas crenças, os dois grupos vão alcançar seu objetivo comum, explica Mario Melendez, vice-presidente da Organização dos Alunos Episcopais. “Fizemos algumas coisas aqui e ali. Temos um bom relacionamento, mesmo quando eles decidem me provocar” disse ele, satisfeito.
Além de alimentar os famintos, os ateus esperam melhorar sua imagem entre os religiosos, escreveu McCreight. Isso pode ser uma boa ideia. Afinal, um estudo recente da Universidade de British Columbia descobriu que ateus são o segundo grupo de pessoas que os religiosos menos confiam. Em primeiro lugar ficaram os estupradores.
Deixando as diferenças de lado, essa “troca” entre os grupos conseguiu beneficiar muitas pessoas necessitadas. Estima-se que para cada dólar arrecadado, mais famintos são alimentados e, claro, mais ateus vão à igreja.
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