A Polícia Militar prendeu neste domingo (15) duas jovens que
estavam se beijando durante a ministração do pastor Marco Feliciano que era o
preletor principal do Glorifica Litoral, evento que acontece anualmente na
cidade de São Sebastião, no litoral paulista.
A prisão aconteceu a mando do deputado que percebeu a reação
das jovens. “A Polícia Militar que aqui está, dê um jeitinho naquelas duas
garotas que estão se beijando. Aquelas duas meninas têm que sair daqui
algemadas. Não adianta fugir, a guarda civil está indo até aí. Isso aqui não é
a casa da mãe joana, é a casa de Deus”, disse Feliciano.
A polícia cumpriu o seu papel e tirou as jovens de 18 e 20
anos do meio da multidão de evangélicos que participava do evento. Joana
Palhares e sua namorada, Yunka Mihura, afirmaram que foram agredidas pelos
policias e pretendem até processar o deputado.
“Eles tiraram a gente do meio do povo e colocaram para
dentro da grade. A partir do momento em que levaram a gente para debaixo do
palco, me jogaram de canto na grade, deram três tapas na minha cara e começaram
a torcer meu braço”, disse Joana, de 18 anos.
A namorada confirma a agressão e diz que se sentiu tão
impotente por não poder ajudá-la. “Foi completamente injusto e horrível. Nunca
senti tanta impotência ao ver os policiais batendo nela, me segurando forte e
eu não podendo fazer nada”, disse Yunka Mihura.
Pelo Facebook Joana promoveu um evento o chamado “beijaço”
para exigir a saída de Marco Feliciano da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias, pedindo para que os participantes levassem faixas e cartazes contra o
deputado.
Alguns dos amigos das jovens gravaram o momento que os
guardas levam as duas garotas para de atrás do palco. O vídeo diz no título que
fora o deputado quem pediu para que elas fossem agredidas, mas dá para ouvi-lo
dizer aos polícias presentes para terem cautela, pois esses manifestantes
sempre afirmam que são agredidos.
Com informações G1.
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