A defesa da igreja diz que o caso é o mesmo dos últimos dez anos e que pode ser arquivado como os outros
De acordo com outra reportagem da revista Veja o bispo
Edir Macedo e outros três integrantes da cúpula da
Igreja Universal do Reino de Deus estão sendo acusados por formação de quadrilha, estelionato, duas modalidades de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A matéria cita como os crimes fiscais aconteciam e dão detalhes sobre o caso.
Pela denúncia, o fundador da IURD, o bispo Paulo Roberto Gomes da Conceição, a diretora financeira Alba Maria da Silva da Costa e o ex-deputado federal João Batista Ramos da Silva montaram um esquema para levar o dinheiro arrecado nas igrejas para fora do Brasil por meio de transações ilegais.
O Ministério Público do Estado de São Paulo investigou entre os anos de 1999 e 2005, chegando à conclusão de que essas pessoas comandavam e se beneficiavam desses esquemas. “Os pregadores valem-se da fé, do desespero ou da ambição dos fiéis para lhes venderem a ideia de que Deus e Jesus Cristo apenas olham pelos que contribuem financeiramente com a igreja”, cita o procurador da República Silvio Luís Martins de Oliveira.
A denúncia diz que o dinheiro das doações foi remetido ilegalmente do Brasil para os Estados Unidos e para o Uruguai, onde foi parar em contas bancárias abertas por empresas sediadas em paraísos fiscais.
Doleiros participaram da operação por intermédio das empresas de câmbio convertendo s reais que eram arrecadados junto aos fiéis em dólares depositados nas contas bancárias das offshores em Miami, Nova York e Montevidéu. Depois, o dinheiro era reconvertido em moeda nacional e aplicado na compra de veículos de comunicação no Brasil.
Defesa da IURD
A advogada da igreja Denise Provasi Vaz, do escritório Moraes Pitombo, disse que essas alegações são “ressucitadas” e que, assim como as outras denúncias, essa acusação pode ser anulada. “Outras com o mesmo teor foram apresentadas, sem sucesso, ao longo dos últimos anos”, diz.