Em seu conceito de céu ele ganharia duas asas e uma harpa
Durante uma entrevista para o programa Fantástico da Rede Globo, o cantor Zeca Pagodinho, 52, participou do quadro “O que vi da vida” e falou sobre sua carreira, sucesso e também sobre religião. O sambista disse que foi criado dentro de um terreiro de macumba e que prefere ir para o inferno do que para o céu.
“Eu não queria acreditar na morte, esse é que é o grande problema. Mas eu acho que Deus é bom. Porque me tirar de um mundão desse, tão bom, né? Com cerveja gelada, mulheres bonitas para lá e para cá. Eu como casado, fico só olhando [risos]… Mas, me tirar daqui pra me levar pra onde? Pra mim ficar no céu com duas asinhas e uma harpinha na mão, não fica bem em mim, cara. Nesse caso, eu prefiro até descer. Também não acredito que o inferno seja tão ruim assim, não. O inferninho é legal. O inferninho… é um foguinho, tal, o problema lá é o calor.”O cantor também disse que quando a pessoa melhor sua condição financeira, sua religião muda. “Quando você tem mais poder de grana, poder, a religião fica um pouco de lado. Quanto mais rico, mais descrente. Me desculpem, mas eu vejo deste lado.”
Mas apesar desses conceitos ele diz que a religião dá “uma direção boa”. “Se eu estivesse morando em Xerém, meus filhos certamente estariam indo na igreja ou no centro, no culto. Porque tem que ter uma religião, tem que ter uma fé, tem que ter uma direção boa, uma coisa que te diga uma coisa boa. Porque tu passa a creditar que… a vida não é só isso que tu vê, né?”