Igreja expulsa mãe que amamentava filho durante culto
Igreja deveria ser um local de acolhimento, mas isso nem sempre é verdade. A norte-americana Jennette Nirvana, moradora da Geórgia, mãe de quatro filhos e evangélica, pode ser um bom exemplo disso.Ela diz que foi forçada a sair do templo da igreja que frequentava quando decidiu amamentar seu bebê durante o culto. Alguns líderes da Igreja se aproximaram e pediram que ela fosse para o banheiro. Diante de sua recusa, ameaçaram chamar a polícia e prendê-la por “exposição indecente”. Para sua surpresa, o pastor a comparou a uma stripper de boate, que se despia em público.
“Eu estava indo àquela igreja durante algum tempo. Pensei que seria aceita…”, disse ela em entrevista ao canal de TV Fox.
Revoltada, ela explica que só estava amamentando seu filho e nunca esperou tudo o que aconteceu com ela. “Quando me pediram pra ir para o banheiro. Eu disse que não, então mandaram me cobrir e ir embora. Eu sei a importância do aleitamento materno e foi isso que decidi fazer para o meu bebê… Tentei muitas vezes ser educada e conversar com eles.
Não somos diferentes dos outros, nem temos uma doença. Nós merecemos ficar junto com os todos. Ele [o pastor] me comparou a uma dançarina de strip tease. Fico chateada só de ter de falar sobre isso. Ele também disse que a amamentação é vulgar e que eu deveria me cobrir e sair do templo”.
Possivelmente, os membros dessa igreja ignoram que Maria foi retratada centenas de vezes ao longo dos séculos amamentando o menino Jesus.
Enquanto saía, Nirvana ouviu que não deveria voltar àquela igreja na cidade de Savannah que ela preferiu não identificar. Desde então ela decidiu se unir a um grupo de mães pelo Facebook. Descobriu que outras mulheres passaram por situações similares em lugares públicos, como supermercados, museus e shopping centers.
De acordo com a lei da Geórgia, uma mãe pode amamentar o seu bebê em qualquer local. Mas se um estabelecimento decide proibir uma mulher de amamentar em público, um local alternativo deve ser fornecido. Para a senhora Nirvana e as outras mães do grupo, o banheiro não pode ser considerado uma alternativa viável.
“As pessoas não sabem que o local pode estar cheio de germes? Será que alguém gostaria de comer em um banheiro público?… Mas parece não haver problema em uma mãe alimentar seu bebê ali. Isso é triste”, afirma Jennette.
Para ela e seu grupo, é necessário fazer algo mais drástico. De acordo com a retransmissora da Fox, o grupo de mães liderado por Jennette agora está pedindo uma alteração na legislação do Estado da Geórgia.
Em 5 de março elas vão fazer um protesto diante do Tribunal de Woodbine e estão convocando pelo Facebook todas as mães e simpatizantes do movimento para se juntarem a elas.
A petição encaminhada por elas ao governo pede que a lei seja alterada, prevendo a possibilidade de processo “contra qualquer pessoa que faça assédio ou discriminação contra uma mãe durante a amamentação e impeça-as de serem acusadas de exposição indecente”.
Traduzido e adaptado de Huffington Post e Wsav