Já conhecidos entre os populares do Pelourinho, o Bloco Sal
da Terra mais uma vez desfila no circuito Batatinha com seus tambores sob a
liderança de Valdemiro, ex-membro do Olodum. A percussão traz hits do mundo
gospel ao som do samba-reggae. O bloco é formado por 500 integrantes da Igreja
Batista Missionária da Independência, que se dividem em várias apresentações
como dança, fantasiados infantis, instrumentos de sopro e capoeira. Apesar de
estarem no circuito Batatinha, os organizadores garantem que não são foliões, e
que estão disseminando os ensinamentos de Cristo e anunciando a sua volta.
Com o tema “Todos precisam saber e você precisa falar”, o
bloco garante que a mensagem de esperança tem alcançado viciados, prostitutas,
depressivos e desviados da fé. "A Igreja não pode interromper a sua missão
de proclamar a salvação em Cristo, seja para quem for, em qualquer tempo e
lugar, mesmo no Carnaval", afirmou Gustavo Mercês, um dos assessores do
bloco. Mesmo enfrentando críticas de tradicionais religiosos que acusam o bloco
de "cair na festa da carne", os organizadores garantem que há um
grande desconhecimento do trabalho evangelístico realizado a partir do
bloco."Cristo também foi criticado por levar a sua mensagem para
prostitutas, leprosos, publicanos e ladrões. Nós não podemos assistir pela TV
tantas vidas se perdendo.
O Carnaval é a ótima oportunidade de levar o Evangelho de
Cristo, pois Ele está voltando e precisamos anunciar sua vinda", comentou
Mercês. Questionado sobre a percussão e dança dos membros do bloco, os
organizadores alegam que a alegria vem de Jesus e que não dependem de bebidas,
nem sensualidade. "Adoramos ao Senhor, e somos felizes em proclamar a sua
palavra. Esta é a nossa diferença", garantiu Mercês.
Fonte: Tribuna da Bahia