Pelo menos 10 pessoas morreram e outras 10 ficaram
gravemente feridas em um acidente na noite desta sexta-feira (12), próximo ao
distrito de Goiabal, no km 223, da BR-259, a aproximadamente 60km de Governador
Valadares, no Leste de Minas Gerais. O acidente teria acontecido quando o
ônibus descia uma serra em curva e possivelmente perdido o freio.
Os feridos foram encaminhados para o Hospital Municipal e os
corpos foram levados para o Posto de Perícia Integrada (PPI), em Governador
Valadares. Até a manhã deste sábado a empresa não havia divulgado para a
imprensa a lista com os nomes das vítimas e dos demais passageiros do ônibus.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, no ônibus havia 42
passageiros além de dois motoristas. Os passageiros eram fiéis das igrejas
Assembleia de Deus e Batista. Eles participariam de um encontro evangélico. O
veículo saiu de Sobradinho, no Distrito Federal, e seguia para Setubinha,
município localizado na região nordeste de Minas Gerais.
Além das malas, os bagageiros também estavam cheios de
roupas e alimentos que seriam entregues à famílias do Vale do Jequitinhonha.
Não havia crianças. Com base nas informações dos passageiros, toda a
documentação do veículo estava em dia.
“O ônibus apresentou defeito no sistema de freio. O problema
tinha sido resolvido durante a viagem. A intenção era fazer uma parada em
Governador Valadares para todo mundo descansar. Porém, antes de chegar ouvi
barulhos, avisei ao motorista, mas não deu tempo de fazer nada e parece que o
ônibus perdeu o freio”, conta o pedreiro Udson Moreira Carvalho que estava no
ônibus.
“A gente não conseguiu identificar as vítimas. Os
sobreviventes foram socorridos de forma aleatória, alguns em ambulâncias
municipais, outros com ferimentos menos graves pegaram carona. O que podemos
confirmar é que era um ônibus de turismo, a documentação estava em dia e o
motorista era habilitado. Dos 10 mortos, 8 eram mulheres e 2 homens”, afirma a
tenente do Corpo de Bombeiros, Euneíse Costa.
O motorista que dirigia o veículo, abalado, não quis gravar
entrevista. O motorista auxiliar disse que o ônibus não estava em alta
velocidade e que eles tinham se revezado ao volante por algumas vezes. “Nenhum
de nós estávamos cansados. Vínhamos nos revezando. Na hora do acidente houve
desespero e pânico dentro do ônibus”, relata o motorista auxiliar Pedro Rocha.
O tráfego nos dois sentidos chegou a ser interditado, mas
depois, uma das pistas foi liberada, mesmo assim com trânsito lento. Algumas
pessoas acenderam velas no local em solidariedade às vítimas.
Fonte: g1