Confira a entrevista com Drew Shirley concedida em um festival em Michigan – USA.
Switchfoot está em preparação para lançar seu oitavo álbum de estúdio (com distribuição no Brasil pela Canzion) em setembro. A Icônica banda de rock que sempre viveu paralelamente no mundo gospel e secular demonstra a cada álbum como é profunda e relevante em ambos os cenários. Vice-Verses veio para confirmar esse legado, mostrando uma música incomum através das guitarras, baixo e bateria. A banda chama esse disco de “a gravação mais ‘cheia de alma’ até o momento”, e eles mal podem esperar para que os fãs vivam essa experiência.
Confira a entrevista com Drew Shirley concedida em um festival em Michigan – USA.
Eles falam de ‘Vice-Verses’, composição, fé e música.
O que é ‘Vice-Verses’ pra você?
Uau. Vice Verses pra mim? Vamos ver. É um álbum muito especial. Pessoalmente, eu sinto que eu me encontro nesse disco e eu acho que a banda inteira também.
Esse é nosso álbum mais “cheio de alma” até hoje. Acho que é o nosso trabalho mais introspectivo, mas também o mais gostoso de ouvir. Acho que essas canções são as mais francas e pessoais que já fizemos. Um produtor nos perguntou assim “Cadê as canções que só o Switchfoot consegue cantar”? Então eu pensei, estamos trabalhando para aperfeiçoar as canções desse álbum mais do que de qualquer outro que fizemos. Musicalmente, focamos mais no baixo e na bateria, uma coisa que não fazíamos antes. Foi como a experiência de se isolar em uma caverna e descobrir o que soava mais certo. Tem algumas canções em que o John (Foremam – vocalista)
fala em vez de cantar. Deu um efeito super legal e é um tipo de som diferente para nós.
Essa gravação foi antes de tudo divertidíssima para todos nós. Me explica o que você quer dizer com esse álbum ser “O mais cheio de alma”.
“Dark horses” é o primeiro single que o publico está ouvindo. Ele é carregado de histórias de espíritos opressores e há muito a fazer sobre isso. Pensamos muito nas crianças sem teto que temos contato no “Center For Kids” de San Diego, que nós ajudamos a mater. Há algumas canções que (ele põe a mão no rosto) Deus, a última canção do álbum, “Where’ I Belong” o nome dela. Essa canção me faz chorar ás vezes. É uma canção muito sobre quem nós somos e como procuramos encontrar nosso lugar, não só no mundo musical, mas no mundo em que vivemos como homens.
Há um anseio nesse registro que, eu acho, o Switchfoot está sentindo. Somos conhecidos por deixarmos aquela sensação de reflexão, que faz quem ouve as canções pensar e refletir. Somos uma banda que faz mais perguntas do que dá respostas. Há canções como “Restless” e “Where I Belong” que tem um espírito de adoração muito forte. Manifestam uma busca constante, um desejo intenso de alcançar. “Selling the News” tem muito de comentário social, que é também um tipo de canção que o Switchfoot gosta muito de fazer. E então temos “The War Inside” que é uma musica muito honesta sobre lutar pelo que você acredita, pelo que você é no interior. É uma música que reflete muito nossa alma. Isso é música “cheia de alma” temos um álbum inteiro assim. Quando eu digo que é o álbum mais “cheio de alma” eu acho que é nesse tipo de coisa que estou pensando. Nossas lutas, nossas guerras pessoais estão em aberto neste disco.
O quanto você está envolvido no processo de composição das letras?
Bom, em uma gravação típica, o John faria a canção em formato acústico e depois mostraria para a banda. Nós a ouviríamos e diríamos o que pensamos sobre ela, arranjos, letras e tudo o mais. O John não é ciumento com as canções que ele começa a compor. A banda é muito colaborativa, todos têm um pouco a dar para que a canção tenha a cara do Switchfoot. Acho que o que eu fiz foi algo muito mais implícito a música e arranjos, a forma de como expressar palavras em sons.
Parece que você é muito conectado com as letras que o John escreve. É sempre esse o caso?
Sim. Várias das canções são sobre o que vivemos juntos, o que pensamos e sentimos na estrada. Se estamos juntos em um carro por vários meses, é natural que saiam canções disso que mostrem a verdade de todos nós. Passamos muito do nosso tempo juntos, às vezes damos entrevistas e depois continuamos as conversas entre nós, surgem muitas canções desse nosso dia a dia. Estamos todo muito ligado as canções pessoalmente.