A reportagem especial da Revista Época dessa semana coloca em choque duas linhas de pensamentos que tem gerado atrito logo nos primeiros dias de mandato lá na Câmara Federal. De um lado está o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), primeiro homossexual assumido na casa que está liderando a Frente Parlamentar pela Cidadania GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).
Do outro está um grupo liderado pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), Capitão do Exército, em seu sexto mandato, que aliado a outros grupos formam uma frente que pretende barrar os projetos criados para favorecer os grupos GLBT. Junto com o capitão está a Frente Evangélica, a Frente da Família e outros parlamentares.
Wyllys quer propor um projeto de lei que institui o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, em vez de insistir apenas na regulamentação da “união civil” – termo adotado por alguns integrantes do movimento gay, para evitar a discussão no campo religioso.
Enquanto corre atrás de assinaturas para Frente GLBT, Wyllys sentiu como será dura essa batalha. Na semana passada sua página do Facebook foi bloqueada em menos de 24 horas porque uma série de usuários da rede fez uma ação coordenada para denunciar a página como falsa.
Na Câmara a voz que mais brada contra os projetos de Wyllys que é jornalista e professor universitário, é a voz do Capitão Bolsonaro que não mede palavras para se posicionar contra as leis que ele julga como sendo o “primeiro passo para desgraçar o país”. Já a Frente Evangélica e a Frente da Família tratam o tema com palavras mais brandas.
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