Mairi Gospel

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Salvador e o cego

                   
 
Marcos 10:46-52
As pessoas referidas na narrativa são: Jesus, o cego e a multidão. Podemos estudar o incidente com referencia às três individualidades e a sua conduta.

1 – O QUE O CEGO FEZ?

No caso do cego vemos o quadro de um homem sujeito a uma grande necessidade. A sua doença, bastante comum no Oriente, o privava de um dos maiores gozos que a criatura humana conhece: o gozo da vista.
a) Há também uma cegueira espiritual, que priva o cego de gozos reais, e às vezes é tão completa que o cego afirma que as coisas espirituais que ele não percebe não existem!
b) A cegueira não somente rouba os gozos da vista, mas dificulta a vida da pessoa. [E algo ainda pior se dá com a cegueira espiritual, pois neste aspecto a pessoa fica incapaz de enxergar as coisas de Deus e servir os seus semelhantes.]
c) Notemos o estado de ânimo do homem. Ele sentiu a necessidade, desejava ardentemente a cura, confiava que Jesus podia salvá-lo do seu mal. Quando o mesmo se dá com quem sofre da cegueira espiritual, chamamo-lo de crente, e, em seguida, vemo-lo curado.
d) Notemos o procedimento do homem. Ele começou a clamar e a pedir misericórdia. Porventura os ouvintes têm feito o mesmo?

2 – O QUE A MULTIDÃO FEZ?

Estudemos agora a Multidão, observando, em primeiro lugar, que a grande maioria do povo não sentia, em si, nenhuma necessidade de cura.
Eram pessoas indiferentes, e como tais somente podiam impedir a pessoa que ardentemente desejava a cura. Acharam que tanta energia e tanta importunidade era demais, e «o repreendiam».
Mas é de notar que o cego não consentiu em ser impedido pela multidão.

3 – O QUE CRISTO FEZ?

Afinal, notemos a atitude de Cristo na presença de uma necessidade tão grande. Ele parou nessa sua última viagem a Jerusalém, escutou os rogos do cego, apesar das antecipações de sua paixão que preocupavam o seu espírito, e mandou chamá-lo.
O mesmo sucede hoje. Jesus espera, e manda chamar ao pecador necessitado. Então faz-lhe a oferta de um Rei: «Que queres que te faça?»
Que momento para o cego! Pediu alguma grande esmola? Pediu comida ou bebida? Não, porque um só desejo enchia seu espírito: anelava ver as maravilhas da natureza que o rodeavam; como nós também, quando primeiro sentimos a nossa cegueira espiritual, anelamos ver as boas coisas que Deus preparou para os que o amam.
Vemos um caso paralelo, em sentido espiritual, na nação de Israel em Lc 1.79: “Para alumiar os que estão assentados em trevas e sombra de morte, a fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz”

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