Mairi Gospel

terça-feira, 12 de abril de 2011

Suicídio de pastor em Alagoas levanta a questão da formação pastoral


A notícia do suicídio do pastor Cosmo Rocha dos Santos, de 33 anos, levantou uma discussão na capital alagoana sobre a falta de preparação e de critérios necessários para que uma pessoa seja recebida como pastor e possa “abrir” uma igreja.

Não só em Alagoas, mas em todo o Brasil, o crescimento de igrejas evangélicas é visível assim como também presenciamos o crescimento do número de auto-intitulados pastores.

Em cada esquina de Maceió há uma placa diferente, mas para uma entidade religiosa funcionar dentro dos padrões legais, no entanto, é necessária a criação de uma legislação interna, estatuto e o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Além disso, o líder deve ter formação em Teologia, ser filiado a uma convenção de sua classe e ser aceito pela maioria dos fiéis através de assembleia pública feita durante uma das reuniões.

Mas essas exigências são geralmente ignoradas pela maioria dos ministérios abertos em todo o Estado. A reportagem do Alagoas24horas apurou que não existe nenhuma entidade responsável pela fiscalização do funcionamento desses templos ou da atuação dos seus pastores.

A Ordem dos Pastores de Alagoas (OPEAL) presta assistência emocional e espiritual aos pastores formados e também fiscaliza os pastores que já trabalham nas igrejas. Jorge Sutareli, diretor da ordem, informou ao portal Alagoas 24horas que eles buscam informações sobre o líder, onde foi ordenado, seu credenciamento e quem o consagrou.

A Secretaria Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU) não consegue dar o número exato de templos clandestino, mas tenta controlar e fiscalizar não só as igrejas como todo o que diz respeito ao convívio urbano.

De acordo com superintendente da SMCCU, Galvaci de Assis , o crescimento acelerado de igrejas não permite que um número exato seja estabelecido e também não há mecanismos que inibam o aumento de templos. “Não há como inibir o surgimento de novas igrejas, mas estamos fiscalizando todas que encontramos, solicitando inclusive o alvará de funcionamento”, frisou ainda o secretário.

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