As descobertas relatadas na Science adicionam um novo nível de complexidade a um sistema já reconhecidamente complicado. Primeiro, por motivos que provavelmente têm a ver com a evolução da célula [!], os genes estão preenchidos com “letras” que parecem [que bom que escreveram “parece”, pois devem ter aprendido a lição do DNA “lixo”] ser tranqueira, os íntrons. Na primeira versão do RNA, os íntrons ficam. Depois, são jogados fora quando se forma o chamado transcrito maduro, que efetivamente é lido na hora de montar as proteínas. Dá para jogar com os íntrons de forma a montar transcritos diferentes, de forma que o mesmo gene é capaz de dar origem a várias proteínas diferentes. Além disso, já era conhecida a chamada edição de RNA, na qual a molécula sofre trocas de “letras”. O fenômeno, porém, parece ser bem mais raro do que apontado pela nova pesquisa, e só afeta “letras” químicas do mesmo grupo, enquanto o recém-descoberto faz isso com “letras” quimicamente menos semelhantes. Por fim, às vezes há simplesmente erros de transcrição do DNA para o RNA, considerados raros.
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