Subsídio para aula de Escola Dominical sobre os dons de poder da lição nº 7 da revista Movimento Pentecostal
E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé.
“Outro” (gr. heteros) significa “outro de um tipo diferente”. Em outro lugar nesta passagem, “outro” (gr. allos) significa “outro do mesmo tipo”, por exemplo, outro crente (outro membro da assembleia local reunida). Paulo pode estar usando, heteros aqui para marcar uma diferença nos dons antes e depois, em vez de significar um tipo diferente de crente. Possivelmente, a palavra da sabedoria e a palavra da ciência possam ser consideradas a comunicar luz e os cinco dons seguintes, a comunicar poder – não à inteligência, mas à vontade. Ou ele pode estar apenas lembrando aos coríntios que nem todos serão usados em todos os dons. Ou pode ter colocado a palavra da sabedoria e a palavra da ciência à parte, porque os coríntios também foram associados com a sabedoria e a ciência natural, e precisavam destes dons de modo especial.
O dom da fé (1 Co 13.2) não é a fé salvadora, mas deve ser considerado como um dom que vai ajudar ou beneficiar todo o corpo local. Pode ser considerado como um dom especial da fé para uma necessidade particular. Alguns o definem como “a fé que move montanhas”, trazendo manifestações incomuns ou extraordinárias do poder de Deus. Mas da mesma maneira que a palavra da sabedoria é uma dotação específica de uma palavra para satisfazer a necessidade de sabedoria, assim o dom da fé pode ser uma dotação específica de fé para satisfazer a necessidade do corpo como um todo (cf. o que Paulo fez no meio de uma tempestade [At 27.25]).
E a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar.
“Dons” e “curar” (curas) estão ambos no plural em grego. Isto pode indicar que há vários dons para curar vários tipos de doenças e enfermidades. Ou pode significar que o Espírito Santo que usar uma variedade de pessoas para ministrar estes dons. Ou pode ter o sentido de que os dons do Espírito não curam somente um item da doença ou enfermidade, mas tudo o que esteja errado. Ele quer curar a pessoa completamente.
Também nos informa que ninguém pode dizer: “Eu tenho o dom de curar”, como se este dom pudesse ser possuído e ministrado ao bel-prazer da pessoa. Cada cura necessita de um dom especial, que é dado não à pessoa que ministra o dom, mas por meio daquela pessoa para o indivíduo doente, de forma que Deus recebe toda a glória. Ele é quem cura (At 4.30).
Quando Pedro disse ao coxo à porta Formosa: “O que tenho isso te dou” (At 3.6), “o que tenho” está no singular em grego e significa que o Espírito deu a Pedro um dom específico para o coxo. Pedro não tinha um reservatório de dons de curas. Ele tinha de receber do Espírito um novo dom para cada pessoa a quem ele ministrava. Esta verdade ainda permanecesse em nossos dias. Embora Tiago 5.14,15 nos diga que chamemos os presbíteros da igreja, se isso não é possível, o Espírito Santo pode usar qualquer membro do corpo para ministrar os dons de curas para o doente.
E a outro, a operação de maravilhas.
“Operação de maravilhas” (gr. energēmata dunamenōn, “atividades da operação de maravilhas” ou “das operações de milagres” – outra vez dois plurais) sugere muitas variedades de milagres ou ações de poder grandioso e sobrenatural. O termo energēmata é muitas vezes usado para se referir à atividade divina (Mt 14.2; Mc 6.14; Gl 3.5; Fp 3.21) ou à atividade de Satanás (At 13.9-11). “A palavra grega traduzida por ‘milagres’ (gr.sēmeion) em João enfatiza seu valor de sinal para incentivar as pessoas a crer e continuarem crendo. O livro de Atos ressalta a continuação dessa obra na Igreja, mostrando que Jesus é vencedor.
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