Mairi Gospel

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

EUA: Pesquisa revela que a religião muda a percepção diante de dificuldades econômicas

 Os dados do estudo realizado por uma universidade batista também diz que os crentes discordam das novas regras para o seguro desemprego aprovadas pelo governo americano
           
De acordo com um estudo feito pela Baylor University a religião tem um papel significativo na maneira como as pessoas encaram as dificuldades econômicas de seu país. Nessa pesquisa ficou constatado que os norte-americanos que acreditam que Deus tem um plano em suas vidas aprovam as medidas do governo e acreditam no “sonho americano” que prega que tudo é possível para aqueles que “trabalham duro”.
Dos 1.714 entrevistados pela universidade ligada à Igreja Batista, 40,9 % disseram “concordo totalmente que Deus tem um plano para mim”, enquanto 32,2% responderam “concordo”; 12,3% assinalaram “discordo” e 14,6% afirmaram “discordo totalmente”.
“Estes são tempos difíceis. Nos últimos três anos, os norte-americanos sofreram com uma enorme crise financeira e imobiliária, recessão e desemprego. A missão desta análise é avaliar o que eles sentem sobre sua vida nestes tempos tumultuados. Será que ainda acreditam no sonho americano? Será que sentem que têm controle sobre sua vida?”, explicou F. Carson Mencken, diretor da pesquisa e professor de sociologia da Baylor.
As pessoas que discordam totalmente que há um plano divino aceitam melhor as novas regras para o seguro desemprego dos EUA – 21% deles discordam, ou seja 79% aprova, entre os mais crentes no plano divino 52,6% discordam dos subsídios oferecidos pelo governo para pessoas saudáveis que perderam o emprego.
Os resultados desse estudo foram apresentados para os jornalistas de religião dos Estados Unidos. “As perspectivas econômicas estão intrinsecamente ligadas à visão de mundo das pessoas”, disse o pesquisador Paul Froese.

Descrentes recebem maiores salários

A pesquisa também revelou que os que não creem são duas vezes mais propensos a ter os salários mais altos que os crentes. Essa diferença de salário pode ser explicada pelo nível escolar, enquanto 42,6 % dos descrentes tinham diploma universitário, apenas 32,8% dos crentes mais enfáticos terminaram o ensino superior.

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