Mairi Gospel
sábado, 5 de novembro de 2011
“Jesus era um comunista”: filme protesta contra a política e cristãos criticam comparação
O ator e diretor Matthew Modine produziu recentemente o filme “Jesus was a commie” (Jesus era um comunista) e tem atraído severas críticas ao filme. O filme é um curta-metragem de 15 minutos que não foi lançado comercialmente, e apesar do título polêmico, sugere que os políticos atuais devessem aprender mais com Jesus.
O filme, que foi selecionado para participar em diversos festivais de cinema ao redor do mundo, propõe uma discussão sobre a pobreza, poluição e política no contexto do Novo Testamento. “Embora o título seja propositadamente provocativo, é importante às pessoas entenderem que o filme não é um ataque a Jesus ou à fé cristã e nem mesmo uma apologia ao comunismo. Trata-se de um filme com uma mensagem muito positiva, de responsabilidade e de esperança”, defende-se Modine.
O estardalhaço causado pelo anúncio do filme, aparentemente trouxe adeptos, apesar das críticas. Recentemente, o movimento “Ocupar Wall Street”, que mobilizou milhares de pessoas em Nova York, propôs a discussão sobre a relação entre ricos e pobres, e o movimento se espalhou por diversas importantes cidades do mundo.
O site do filme traz uma declaração sobre os ensinamentos de Jesus e a proposta do filme para o mundo atual: “Sua revolução implicava em uma mudança dramática na forma como as pessoas pensavam. O pensamento progressista e liberal de Jesus se espalhou por todo o Império dominante. Sem exército e sem armas, Ele levou as pessoas a uma nova direção e uma forma mais humana de pensar, com sua filosofia de amor e perdão. Estas são as ideias defendidas neste exato momento pelos protestos em Nova York e por milhares de norte-americanos em todos os Estados Unidos”.
Alguns veículos de notícias compararam o debate com a fase inicial da igreja cristã, que pregava a igualdade entre as pessoas e ajudou a desmanchar as hierarquias impostas pelo Império Romano, que ocupava Israel na época. Os sites cristãos que atacaram o filme e os protestos, afirmam que a revolução proposta no Ministério de Jesus não se tratava de acabar com a desigualdade social.
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