A rede Globo de Televisão, a maior emissora da América Latina, parece querer agradar os evangélicos nos últimos tempos. Depois de contratar vários artistas gospel e levá-los para se apresentar em seus programas, muitos acreditaram que algo tinha mudado na emissora. Mas não mudou.
Autora de duas outras novelas na Rede Globo, a escritora mineira Elizabeth Jhin, a partir do dia 5 de março terá uma nova oportunidade de ensinar pela TV a “doutrina espírita”.
Ela já foi ao ar com “Eterna Magia” (2007), que tratava sobre bruxas vivendo em uma fictícia cidadezinha na década de 1930. Já “Escrito nas Estrelas” (2010), contou a história do mocinho que era um “espírito desencarnado”. Foi então que Elizabeth bateu recordes de audiência e se firmou como “autora espiritualista”. Esse deve ser o tema de sua nova novela que vai ao ar às 18 horas.
Durante entrevistas recentes, a autora revelou sua paixão por Ivani Ribeiro, outra novelista espírita que, entre outros sucessos, escreveu “A Viagem”.
Tentando explicar a história da nova novela, ela diz que falará do fenômeno conhecido como “crianças Índigo”. Segundo ela são “crianças do novo milênio que, do ponto de vista espiritualista, vieram com um DNA diferente, com a missão de tornar o mundo melhor. Todas têm características especiais, sensibilidade e, às vezes, paranormalidade”.
A personagem da atriz-mirin Klara Castanho, de 10 anos, conseguirá ver e prever coisas, sempre guiada pelo espírito Lexor (Othon Bastos). Gabriel Braga Nunes terá dons especiais com bichos. Ele viverá um domador de búfalos e conseguirá amansá-los só com um gesto. Ambos seriam “Índigo”.
Elizabeth Jhin afirma, curiosamente, que não é espírita. “Fui criada na religião católica, mas não frequento a igreja. Sou simpatizante do budismo, do espiritismo kardecista e apaixonada pela doutrina cristã: amor ao próximo, compaixão. Sempre gostei de novelas sobre o tema”.
Por outro lado, afrima que está lendo muito os livros de Allan Kardec, Chico Xavier e outras obras similares “para não errar nada sobre o espiritismo”. Justificou sua opção de escrever sobre o tema porque “as pessoas têm necessidade de se apegar a alguma explicação sobre a existência”.
Uma das protagonistas da trama, Ana Lúcia Torre, explica que está muito animada com o novo desafio. “Eu sou espírita e a minha família também. Desde quatro ou cinco anos, eu já sabia o que fazia. Isso facilita muito, porque você já tem o entendimento, já é uma coisa sua… Cada um de nós tem um tipo de mediunidade, que se desenvolve mais ou menos. Mas, todos somos iguais, somos feitos de energia. Cada um tem a sua”, afirmou ela.
Frequentadora de um centro de cura, em São Paulo, a atriz terá dois momentos na novela: viva ela procurará o filho perdido e posteriomente continuará ajudando-o, como espírito.
Com informações Gospel Prime
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