Tanto quakers, como a Igreja Unitarista e muitos dos judeus progressistas já se preparam para a mudança da lei. A Igreja Católica inglesa parece dividida sobre a questão, assim como a Igreja da Inglaterra [Episcopal Anglicana]. Há grupos dentro de ambas que se dispõe a celebrar as uniões, mas existe resistência das alas mais conservadoras.
Ano passado, cinco bispos anglicanos escreveram uma carta aberta que foi publicada pelo jornal The Times. Eles defendiam que era injusto para os casais homossexuais não poderem contar com o reconhecimento da igreja uma vez que o direito civil já estava garantido. Desde que Gene Robinson foi nomeado bispo, mesmo sendo declaradamente gay, em 2003, a Igreja Anglicana vem debatendo mais acentuadamente a questão da homossexualidade. Em 2010, o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, autoridade máxima da Igreja, concordou com a ordenação de bispos gays e anunciou medidas consideradas progressistas demais.
“Nosso governo está avançando para oferecer a igualdade para os que pertencem a grupos LGBT. Nenhuma confissão religiosa é forçada a aceitar, mas agora existe a opção para aqueles que desejarem fazer isso. Trata-se de um marco importante”, declarou Lynne Featherstone.
O principal argumento do premiê Cameron é que os homossexuais precisam ter acesso aos mesmos direitos humanos fundamentais. Seu partido vinha perdendo apoio da comunidade gay e a decisão tem sido chamada pelos opositores do governo de populista.
A mudança da lei garante que a partir de 5 de dezembro, as cerimonias realizadas nos templos religiosos serão feitas por sacerdotes (padres, pastores, rabinos e outros) com os mesmos hinos e leitura de livros sagrados usados em casamentos tradicionais.
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