Introdução
Operando no homem, a graça de Deus faz ressurgir nele não só a sensibilidade para o pecado como, também, o horror que a consciência sensível manifesta em relação ao pecado.
No entanto, se o homem tivesse, apenas, a sua consciência despertada para sentir os efeitos do pecado, mas, em contrapartida, não recebesse de Deus o auxílio que o habilita a lutar contra o pecado e a vencê-lo, ele atingiria as raias do desespero.
O homem se encontraria nas condições deprimentes de quem conhece o seu mal, mas não conhece remédio para debelá-lo. A Fé, porém, vem em seu socorro.
1 – QUE É QUE SE DEVE ENTENDER POR ARREPENDIMENTO?
1. Arrependimento não se confunde nem com o remorso nem com a penitência.Cremos que não erraríamos se disséssemos que o remorso é o arrependimento sem fé e, em geral, leva ao desespero. Veja-se o exemplo de Judas Iscariotes, o traidor do Senhor.
Depois de ter reconhecido que pecara, traindo sangue inocente (Mt 27.4), Judas enforcou-se. O verbo grego empregado para expressar o arrependimento de Judas é metamélomai, o mesmo que aparece, por exemplo, em Mt 21.30,32 e em II Co 7.8.
Parece-nos que este verbo expressa o arrependimento que nasce do próprio homem, nasce quando ele mesmo, levado por seus próprios sentimentos, reconhece que come-teu um erro ou uma falta grave contra alguém. Neste tipo de arrependimento nada há que se pareça com o arrependimento de que nos fala a lição de hoje.
2. Na teologia católico-romana, a penitência é sacramento. É forma de arrependimento e requer a confissão, ao padre, dos pecados cometidos. Depois da confissão, o padre prescreve o que o penitente deve fazer para expiar os seus pecados.
2 – A FÉ QUE SALVA
1. Entre os escolásticos, durante a Idade Média, desenvolveu-se uma noção de fé muito peculiar. A fé, que muitos conheciam, nascia de convicções que a razão produzia na mente do teólogo. Era fé explicável. A este tipo de fé, Lutero chamou frigida opinio (= opinião fria), porque não produzia efeitos, não dava frutos.
Entretanto, a fé de que nos fala a Bíblia, não se explica racionalmente, é inexplicável, mas os frutos que ela produz na vida do homem que a recebe e desenvolve, atestam a sua eficiência. Por meio desta fé recebemos a graça salvadora que Deus nos dá em Jesus Cristo. E a fé que vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo (Rm 10.17).
Aos que gozam dos benefícios desta fé, compete pregar a tempo e fora de tempo a Salvação que Deus, em Cristo, providenciou para os homens.
2. Embora o arrependimento e a fé para a Salvação sejam, ao que parece, experiências praticamente simultâneas, isto é, experiências que ocorrem ao mesmo tempo, somos levados a pensar, logicamente, que a fé precede o arrependimento, que a fé nasce antes de o homem arrepender-se.
A convicção do seu erro não foi apenas teórica, mas foi produzida pela real necessidade de socorro que, desesperado, ele estava sentindo longe do pai, em cuja casa, outrora, ele gozara do amor e da segurança que agora lhe faltavam. O Pródigo tomou uma atitude: levantou-se e foi!
2. Quando esta fé nos domina, vivemos como se tudo dependesse de Deus, e agimos como se tudo dependesse de nós. Em outras palavras, cremos e não cruzamos os braços, cremos e trabalhamos, cremos e a nossa fé se manifesta em obras que atestam não só a sua existência, mas, também, a sua eficiência.
Chamado à realidade pelas palavras de Natã, o Profeta, Davi se arrependeu do seu grave pecado e orou a Deus dizendo: “Torna a dar-me a alegria da tua salvação” (SI 51.12). Sim, cada vez que pecamos – e o fazemos tantas vezes! -, ofendemos a Deus e perdemos a alegria da salvação.
Cada vez que nos arrependemos, recobramos a alegria da salvação, não a salvação, mas a alegria que a acompanha.
Entretanto, a fé de que nos fala a Bíblia, não se explica racionalmente, é inexplicável, mas os frutos que ela produz na vida do homem que a recebe e desenvolve, atestam a sua eficiência. Por meio desta fé recebemos a graça salvadora que Deus nos dá em Jesus Cristo. E a fé que vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo (Rm 10.17).
Aos que gozam dos benefícios desta fé, compete pregar a tempo e fora de tempo a Salvação que Deus, em Cristo, providenciou para os homens.
2. Embora o arrependimento e a fé para a Salvação sejam, ao que parece, experiências praticamente simultâneas, isto é, experiências que ocorrem ao mesmo tempo, somos levados a pensar, logicamente, que a fé precede o arrependimento, que a fé nasce antes de o homem arrepender-se.
3 – SEM FÉ É IMPOSSÍVEL AGRADAR A DEUS
1. Segundo Tiago, a fé produz obras, manifesta-se, exterioriza-se. A sua primeira manifestação verifica-se no profundo arrependimento do pecador. Veja-se o ensino claro da Parábola do Filho Pródigo, em Lucas, 15. Caindo em si, o jovem pródigo sentiu toda a extensão da sua miséria e disse: “Levantar-me-ei e irei ter com meu pai … e levantando-se foi para o seu pai.”A convicção do seu erro não foi apenas teórica, mas foi produzida pela real necessidade de socorro que, desesperado, ele estava sentindo longe do pai, em cuja casa, outrora, ele gozara do amor e da segurança que agora lhe faltavam. O Pródigo tomou uma atitude: levantou-se e foi!
2. Quando esta fé nos domina, vivemos como se tudo dependesse de Deus, e agimos como se tudo dependesse de nós. Em outras palavras, cremos e não cruzamos os braços, cremos e trabalhamos, cremos e a nossa fé se manifesta em obras que atestam não só a sua existência, mas, também, a sua eficiência.
CONCLUSÃO
Como servos de Cristo, os cristãos têm oportunidade de arrepender-se muitas vezes dos pecados que cometem. Quanto mais intenso é o nosso desejo de santificação, tanto mais profunda é a nossa consciência de culpa.Chamado à realidade pelas palavras de Natã, o Profeta, Davi se arrependeu do seu grave pecado e orou a Deus dizendo: “Torna a dar-me a alegria da tua salvação” (SI 51.12). Sim, cada vez que pecamos – e o fazemos tantas vezes! -, ofendemos a Deus e perdemos a alegria da salvação.
Cada vez que nos arrependemos, recobramos a alegria da salvação, não a salvação, mas a alegria que a acompanha.
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