O prefeito reage dizendo que é lei e que tem que se cumprida independente das convicções religiosas dos funcionários públicos
Na segunda-feira, dia 11 de julho, a escrivã da cidade de Barker, Estado de Nova York, Laura Fotusky, pediu demissão do seu cargo para não assinar casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A demissão foi anunciada no site New Yorkers for Constitutional Freedoms (Nova-Iorquinos a favor das Liberdades Constitucionais) dizendo: “Não posso colocar minha assinatura em algo que é contra Deus”. Ela também cita a Bíblia para basear sua opinião sobre a união homossexual. “A Bíblia ensina claramente que Deus criou o casamento entre homem e mulher como um presente divino que preserva as famílias e as culturas”.Laura também disse que se ela continuasse no cargo estaria abrindo mão da sua consciência moral.“Eu estaria abrindo mão da minha consciência moral se participasse dos procedimentos de licenciamento [dos “casamentos” gays]”.
O governador Andrew Cuomo resolveu se manifestar sobre o caso na terça-feira, 12, dizendo que “a lei é a lei” e que ela tem prioridade sobre as convicções religiosas dos funcionários públicos. “Se você está dizendo que vai agir de acordo com suas convicções religiosas e não de acordo com a lei do estado, então você não pode trabalhar num cargo em que você tem a obrigação de impor a obediência à lei, certo?” disse ele, de acordo com o NY Daily News.
Casos semelhantes se repetem em outros países do mundo
Várias repartições que faziam cerimônias de casamento nos municípios do estado da Califórnia fecharam suas em 2008 quando o casamento gay foi aprovado. Fechar suas portas foi a escolha para não enfrentarem as repercussões legais por recusarem agradar às duplas homossexuais.Mas isso não acontece só nos Estados Unidos, na Inglaterra, uma escrivã sofreu derrota após anos de processos, depois que seu empregador ameaçou demiti-la por reorganizar sua escala a fim de não participar da concessão de licenças de casamento para homossexuais.
No Canadá, mais precisamente em Saskatchewan, o governo provincial decidiu não recorrer de uma decisão de tribunal que disse que os comissários de casamento na província não tinham permissão de escolher não participar da realização de “casamentos” gays. O tribunal havia dito que permitir que comissários recusem realizar “casamentos” de mesmo sexo envia “uma mensagem forte e sinistra” de que “os gays e as lésbicas são menos dignos de proteção como indivíduos na sociedade canadense”.
Em um distrito de Amsterdã, onde o “casamento” gay é legalmente reconhecido desde 2007, comissários de casamento são denunciados e obrigados a passar por uma avaliação anual para garantir total cooperação com a mudança da lei, depois que houve suspeita de que duas funcionárias haviam mostrado resistência.
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