Natália: Ele está roxo, o que que eu faço?
Soldado Wagner: Afogou com o quê, moça?
Natália: Ele caiu na pisicina.
Soldado Wagner: Coloca ele de barriga para baixo, dá tapa nas costas dele.
Como a ação não teve resultado, o soldado pede que a mulher faça uma respiração artificial.
Soldado Wagner: Deixa a boca dele aberta, senhora.
Natália: Está aberta.
Soldado Wagner: Agora assopra o nariz e a boca dele ao mesmo tempo. Assopra com força para ver a barriguinha dele encher de ar.
Por telefone, o militar consegue escutar o choro da criança.
(Choro baixinho da criança)
Soldado Wagner: Esse é o choro dele que eu estou ouvindo?
Natália: É.
Soldado Wagner: Ele está chorando então, né?
Natália: Agora está.
Soldado Wagner: Então fica tranquila que a viatura de resgate já está chegando aí.
Por causa do nervosismo, Natália se confundiu na hora de passar o endereço.
Soldado Wagner: Que rua que é, por favor?
Natália: Egídio Tomé.
Soldado Wagner: Rua Egídio Tomé, número? Egídio Tomé próximo de onde, senhora?
Natália: Não… É João Tomes.
Soldado Wagner: João Tomes, que número?
Natália: Eu não sei…
A mãe de Abner disse que superou o medo e manteve a calma para salvar o filho. “Dá um medo de a gente fracassar, mas eu tinha que tentar. Eu tinha que confiar nas orientações que ele estava passando para mim, confiar que eu daria conta e que Deus poderia me ajudar naquele momento. Hoje creio que a gente tem uma segunda chance todos os dias, e que em situações difíceis você pode ter uma luz”, relata Natália.
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