Mairi Gospel

sábado, 26 de fevereiro de 2011

A pedagogia do milagre

INTRODUÇÃO
1.Este é o último grande milagre público de Jesus. Foi realizado na última semana de Jesus antes de ser preso e morto na cruz.
2.Este milagre tem várias lições importantes:
a)As crises são inevitáveis – Lázaro mesmo sendo amigo de Jesus ficou doente.
b)As crises podem aumentar – Lázaro piorou e chegou a morrer. Há momentos que somos bombardeados por problemas que escapam ao nosso controle: enfermidade, perdas, prejuízos, luto. Oramos e nada acontece. Aliás, piora. Queremos alívio e a dor aumenta. Queremos subir, e afundamos ainda mais.
c)Quando a enfermidade e o luto chegam em nossa casa, ficamos profundamente angustiados – Nessas horas nossa dor aumenta, pois nossa expectativa era de receber um milagre e ele não chega. Como os discípulos de Emaús começamos a conjugar os verbos da vida apenas no passado: “Nós esperávamos que fosse ele quem redimisse a Israel, mas…” (Lc 24:21).
3.Este texto nos fala da pedagogia de Jesus na realização deste grande milagre.
I.O TEMPO DO MILAGRE
1.Como conciliar o amor de Jesus com o nosso sofrimento – v. 3
A família de Betânia era amada por Jesus – Ele amava a Marta, Maria e Lázaro, mas mesmo assim, Lázaro ficou enfermo. Se Jesus amava a Lázaro por que permitiu que ele ficasse doente? Por que permitiu que suas irmãs sofressem? Por que permitiu que o próprio Lázaro morresse? Aqui está o grande mistério do amor e do sofrimento.
Marta e Maria fizeram a coisa certa na hora da aflição – Buscaram ajuda em Jesus. Elas sabiam que Jesus mudaria a agenda e as atenderia sem demora.
Elas buscaram ajuda na base certa – o amor de Jesus por Lázaro e não o amor de Lázaro por Jesus. Quem ama tem pressa em socorrer a pessoa amada. Hoje dizemos: Jesus, aquele a quem amas está com câncer. Jesus, aquele a quem amas está se divorciando? Jesus, aquele a quem amas está desempregado.
Por que Jesus não curou Lázaro à distância – Jesus poderia ter impedido que Lázaro ficasse doente e podia também curá-lo à distância. Ele já havia curado o filho do oficial do rei à distância. Por que não curou seu amigo a quem amava? A atitude de Jesus parece contradizer o seu amor.
Os judeus não puderam conciliar o amor de Cristo com o sofrimento da família de Betânia (v. 37) – Eles pensaram que amor e sofrimento não podiam andar juntos.
Se Jesus nos ama, por que sofremos? – Se Jesus nos ama, por que passamos pela aflição. Se ele é todo-poderoso, por que não nos livra do sofrimento? Por que um filho de Deus fica doente, perde o emprego, enfrenta o luto?
Sem imunidades especiais – O Pai amava o Filho, mas permitiu que ele bebesse o cálice do sofrimento e morresse na cruz em nosso lugar. O fato de Jesus nos amar não nos torna filhos prediletos. O amor de Jesus não nos garante imunidade especial contra tragédias, mágoas e dores. Ilustração: Nenhuma dos discípulos teve morte natural, exceto João, e ele morreu exilado em uma ilha solitária. Jesus não protemeu imunidade especial, mas imanência especial. Ele nunca prometeu uma explicação, prometeu ele próprio, aquele que tem todas as explicações

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